Neste capitulo, Macunaíma decide escrever uma carta para as guerreiras Amazonas, chamadas no livro de “icamiabas”, as quais conta sua vida em São Paulo e como é a paisagem da grande cidade.
Nesta carta o emissor, que no caso é Macunaíma, é tratado como um imperador e as destinatárias, que no caso são as Amazonas, são tratadas como súbitas onde percebemos claramente essa relação no trecho: ‘Muitos nos pesou a nós, vosso imperator, tais dislates da erudição porem heis de convir conosco’. Depois ele passa a relatar suas aventuras na busca do muitaquitã e descreve as pessoas a quais achavam deslumbrantes como, por exemplo, os policiais. Na carta ele busca pedir dinheiro as icamiabas de modo a fazer elogios metódicos e alusões eróticas a elas tendo em comparação às mulheres de São Paulo onde também é retratado que a sociedade paulista valoriza muito o dinheiro e que sem ele não seria aceito socialmente, com isso podemos perceber essas relações no seguinte trecho: ‘O que vos se intessara mais, por sem duvida, é saberdes que o guerreiro de cá não buscam marvoticas damas para o elance epitalâmico; mas antes as preferem dóceis e facilmente trocaveis por pequeninas e voláteis folhas de papel a que o vulgo chamara dinheiro’.O herói Macunaíma neste capitulo intitulasse como o poderoso tendo em vista o seu dito domínio da linguagem na época em soberanias das pobres icamiabas que não conheciam tal vocabulário, esse relance pode ser compreendido com o seguinte trecho: ‘Ponde tento na acentuação desde vocábulo, senhoras Amazonas, pois muito nos pensara não preferisses conosco, essa pronuncia, condizente com as lição dos clássicos, a pronuncia Cleópatra, dicção mais moderna’.
Assim podemos concluir que neste capitulo ocorre às principais critica de Mario de Andrade onde ele faz uma sátira da carta de nosso herói de modo que mesmo um analfabeto como Macunaíma tenta escrever na forma culta seguindo suas regras. Depois ele retrata que nosso povo é caracterizado como uma sociedade que escreve de uma forma, no caso a forma culta e fala de outra maneira que seria a coloquial tendo em vista todo um processo histórico brasileiro o qual também é criticado quando a literatura quinhentista é retratada ao contrario sendo desta vez um índio descrevendo a urbanização da cidade.
Por: Kaique Mota