![]() Cena do filme Macunaíma |
Com sede e cansados, Macunaíma e seus companheiros seguiam pela mata até que Macunaíma encontra Ci, a mãe do mato. Tratava-se de uma linda cunhã, que fazia parte de uma tribo de mulheres que viviam sozinhas. O herói tentou conquistar a rainha das amazonas e se jogou em cima dela para “brincar”, mas acabou apanhando muito, tendo que recorrer aos irmãos. Somente depois de a índia ficar bem imóvel, Macunaíma conseguiu o que queria. Vieram então muitos animais aclamar o mais novo Imperador do Mato-Virgem.
Representando a legítima amazona, Ci é mostrada no livro como a guerreira que comandava a casa enquanto Macunaíma vivia sossegado. Passava o dia pela mata, chegava sangrando das brigas. Irradiava beleza e aroma. Era insaciável na arte de brincar, enquanto o herói suspirava de preguiça.
Algum tempo passou e a mãe do mato teve um filho. Retratando a atração pelas grandes cidades, Mário de Andrade escreve que desde o nascimento, Macunaíma aspira ao dia em que o menino iria a São Paulo ganhar dinheiro. Presentes para o nascido foram trazidos de importantes lugares do Brasil.
Depois de ter o peito mordido pela Cobra Preta, Ci perde seu filho, que ao mamar, é envenenado. No enterro, são retratadas algumas tradições indígenas como danças e cantos.
Depois da morte de seu filho, a companheira de Macunaíma tira de seu colar um muiraquitã famoso e lhe dá. Confirmando na obra a mitologia indígena que prega que a morte não é o desaparecimento total, a índia guerreira vai ao céu e vira estrela, a Beta Centauro.
Ao final do capítulo, o autor nos mostra uma versão da lenda do guaraná, dizendo que se trata de uma planta nascida no túmulo do filho de Macunaíma.
Enfim, podemos dizer que a obra de Mário de Andrade, escrita sob a ótica cômica, utiliza os mitos indígenas, as lendas, provérbios do povo brasileiro e registra alguns aspectos do folclore do país até então pouco conhecidos, procurando transmitir ao público uma maior noção de nossas origens.
Por: Laysa Caroline.
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